sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SDA BOCCONI E O MESTRE SALVEMINI

os relatos a seguir acontecem entre 17 e 21 de janeiro de 2011

Bem pode-se dizer que a SDA BOCCONI é uma faculdade no sentido mais comum que conhecemos não fossem dois detalhes: uma certa fixação pela arquitetura contemporânea e um modelo empresarial de estudos. Explico: é uma universidade de administração. Assim sempre parece que estamos dentro de várias empresas que estão dentro de uma só, a Universidade. Capisce? No? Ne meno io.

No primeiro dia conhecemos um pouco do complexo Bocconi que é uma Fundação não lucrativa. Número 4 na europa e número 1 na Italia. Tivemos as boas vindas do Diretor Administrativo e um belo café da manhã. Logo no primeiro dia fomos apresentados às figuras-chave deste curso: Andrea Grassi, responsável pela parte de manager da Accademia Teatro Alla Scala e Lan Franco Li Cauli, responsavel pela Comunicação do Teatro Piccolo di Milão. Além é claro da diretora do Curso Claudia Tacchino e das simpáticas Federica Pozzi e Chiara Corbo, "tuttore degli allievi" uma pela Accademia e outra pela Bocconi respectivamente. Nos "BOX" da universidade, um tipo de micro-sala de reunião composta de mesa e computador onde se pratica o manager e as relações interpessoais, realizamos um esplêndido exercício de maximar a vitória. X x Y Certamente teremos a oportunidade de apresentá-lo no Brasil.

No segundo dia, continuamos nossa peregrinação pela Bocconi, conhecemos o velódromo, edifício onde estudam os graduandos e onde fizemos algumas fotos. À tarde encaramos um interminável teste de inglês e no dia seguinte com Claudia Tacchino, iniciamos pra valer a conhecer os sistemas e mecanismos de investimento em cultura na Itália e no mundo. Vimos as fundações lirico-sinfonicas, os teatros de tradição lirico-sinfonicos, os teatros publico - estáveis, os estáveis particulares, os estáveis de região, estáveis de inovação, companhias independentes com sede, sem sede, circuitos cultiurais e o Fundo Unico para o Espetáculo, principal mecanismo de fomento à produção teatral e musical na Itália. 


Terminamos a semana com o maravilhoso Severino Salvemini, que além de ser um dos economistas mais brilhantes nos quadros da Bocconi é um dos maiores entendidos na causa cultural. Dele são vários estudos entre que já citei por aqui. Além das aulas me lembro da análise sobre o filme "My Generation" sobre o Festival de Woodstock e dos "cases" sobre o Teatro Stabile de Roma, o caso Martone e sobre o filme "comercialzérrimo" "La notte prima degli esami".  Porém o que marcou mesmo, além das aulas de economia da cultura é claro, foram as leituras das cartas de Paolo Grassi a Giorgio Strehler, respectivamente diretor administratico e diretor artístico do Piccolo nos anos 40 e 50. Basicamente e resumidamente: "Não pira que não tem dinheiro pra isso!"

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