os acontecimentos a seguir aconteceram entre 24 e 28 de janeiro de 2011
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Depois da pausa tivemos a grande aula de nossas vidas. Ao analisar um artigo de jornal que pregava o fim do financiamento público à cultura Turrini nos surpreendeu com a Malatia de Beumol e Bowan. Ou seja, explicou em linguagem economica porque o setor cultural é e sempre será dependente do setor público, ou privado. Assunto que trato no post do Teatro Guaira. Considerou ainda que o desenvolvimento de um capital social, uma identidade nacional e da qualidade de vida aliados ao setor cultural "stagnante" tornam o intervento público fundamental para a sobrevivência do sistema cultural. Vimos ainda as modalidades de financiamento: Direto, indireto, à oferta ou à demanda e com que grau de descentralização de descisão: local, regional, federal. Ainda pudemos dar uma pincelada no conceito de "arms arms length" (post do Guaira) e na diferença entre os três "E"s: Economia, Eficácia e Eficiencia. Onde eficácia é a capacidade de atingir objetivos e eficiência a capacidade de atingir os mesmos objetivos com economia de recursos. Ou seja: a eficácia pode ser cultural ou social, mas a eficiência que administra os recursos sempre tem um caráter econômico.
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Professor Pasquale Seddio, pra quem é brasileiro já vem em mente: "nossa lingua portuguesa", mas nada a ver. Seddio é um dos maiores entendidos em assuntos do terceiro setor. Na Italia as questões culturais giram todas em torno do setor não lucrativo. Presidente de fundações e economista de formação Seddio é responsável por elaborar planos e projetos de apoio e financiamento além de critérios de avalição de projetos em diversas fundações. Começou mostrando que o terceiro setor detém na Itália cerca de 50 bilhões de euros em patrimônio que geram 1,6 bilhões por ano de investimentos sociais, culturais, educacionais, científicos e sanitários. Mostrou que o conceito de não lucrativo diferencia muito do conceito não rentável e que o terceiro setor converte valores como solidariedade, dedicação, altruísmo em outros valores como: sociais, economicos e individuais. Pudemos ver as diferenças entre Fundação, Associação, Cooperativa, Comissão, Fundação de Participação e outros sistemas. Entre elas as fundações que destinam dinheiro, e as fundações que recebem dinheiro. Vimos os pequenos com a figura do "presidente faz-tudo" e os grandes com o "presidente-governante" que assina e basta. Além disso pincelamos o modelo cíclico de Wood onde algumas empreas "no profit" iniciam decolam, atingem a atmosfera e retornam pra manter constância e outras que não saem do chão. Por fim, vimos os fundos europeus estruturais e setoriais, que distribuem 370 bilhões de euro em períodos de quatro e quatro anos para o desenvolvimento de diversas áreas, claro que financiando apenas parte do projeto. Além disso Seddio revelou ser o responsável pela criação do desafio X x Y.
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