quinta-feira, 3 de novembro de 2011

OI TUDO BEM? AQUI NO PARANÁ A RESPOSTA É: NÃO, TUDO MAL!

OOOOIIIIIIII!!!! OIIII!?! OIÊ?!!!
A maior empresa de telefonia fixa do Brasil, resultante da fusão da TELEMAR com a BRASIL-TELECOM e presente em todos os estados brasileiros acaba de anunciar o resultado de um edital nacional para projetos culturais incentivados através do ISS (Município) e ICMS (Estado). Ou seja através do dinheiro dos impostos mais presentes em nosso dia a dia.
A lista de projetos é longa. 187 em todo Brasil. Estão presentes os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Ceará, Paraíba, Piauí, Ceará, Acre, Roraima, Pará, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Goiânia. Ou seja, a metade dos estados brasileiros.
Além de outros estados, os quais eu desconheço a legislação de incentivo vigente, chama atenção a ausência do Paraná. Embora o estado seja "apenas" o quinto PIB brasileiro ele foi o último a mandar para a assembléia um projeto para criação da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Porém, Curitiba foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir uma Lei Municipal de Incentivo à Cultura, nascida em 1991 pelas mãos do vereador Ângelo Vanhoni. Recentemente a Fundação Cultural de Curitiba divulgou a lista de projetos aprovados e era grande: só de artes cênicas foram mais de 90 projetos dos quais uma boa parcela deve ter recorrido ao “Edital OI de Patrocínios Culturais”. Parece que a resposta foi TÚ-TÚ-TÚ.
Entre 187 projetos aprovados pela empresa e divulgados no site: www.oifuturo.org não houve nenhum do Paraná e tão pouco de Santa Catarina. Apenas 4 do Rio Grande do Sul. A maior quantidade de projetos pertence ao Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e ao Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa.  O que chama a atenção é que os impostos são estaduais e municipais, não havendo a mínima razão, portanto, para a empresa deixar de destinar os incentivos às praças onde existem legislações de incentivo, no caso do Paraná: Curitiba e Londrina, se não erro.
TRIM!!! TRIM!!! TRIM!!! O telefone da OI toca. É o artista do
Paraná chamando. Alguém atende, mas é Caixa Postal.
Claro que alguma explicação deverá aparecer. Tipo: “estamos reestruturando o departamento de comunicação e...”, “não tivemos tempo para formar uma comissão neste estado e seria injusto julgar os projetos de fora com um comissão nacional...”, “os prazos para entrega do incentivo em Curitiba atrapalham e...” e a clássica: “os projetos não vão de acordo com a “política de patrocínios da empresa”. Enfim qualquer desculpa será válida, mas a única que não poderá ser dada é a de que não existe um ÚNICO PROJETO para ser incentivado em nosso estado com o dinheiro do ISS ou IPTU de Curitiba e Londrina, se não erro.
O detalhe é que se abre um edital nacional para que haja transparência, critério e economia na seleção, o artista do Paraná empenha-se, inscreve seu projeto como qualquer outro artista no Brasil e seu trabalho parece ser totalmente ignorado pela OI.
Confesso que me orgulhava da OI. Mais do que dela do instituto OI FUTURO. Pela transparência como tratava os assuntos relacionados à cultura, ao esporte ao meio ambiente e às questões sociais. Costumava enxergar ali um verdadeiro modelo de governança coorporativa em benefício da arte, cultura e lazer. Isso me motivou inclusive a candidatar-me às várias vagas de colocação ali abertas.
Mas, assim como os projetos culturais do Paraná e de Curitiba, confesso que bateram com o telefone na minha cara. Meu OI nunca foi respondido. Nem sequer com um TCHAU.

2 comentários:

  1. Paraná, OIgnorado!
    Marino, você só esqueceu de dizer que no ano passado este mesmo Edital contemplou o mesmo número de projetos do Paraná. NENHUM!!
    Abs, Adriano

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  2. Bacana isso, né? bem bacana. Sacanagem!!!

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