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Pavilhão principal, brasileiros ficaram de fora. Mas os pombos de Cattelan estavam em todos os lugares |
Bem, aí estão algumas imagens do segundo dia da Bienal de Veneza. Ao que parece, pelo ânimo dos jornalistas e pelo movimento das pessoas, o evento curado por Bice Curiger não agradou muito. A exposição ILUMINATIONS, que deixou de fora os artistas sulamericanos, foi considerada mediana. E a exposição italiana, um pouco inchada.
Os pavilhões nacionais em sua maioria agradaram. Alguns foram protocolares como Espanha, Bélgica Russia. Outros, como Inglaterra, França, Israel e Estados Unidos esbanjaram dinheiro. Alemanha, Corea e Japão foram os mais criativos.
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O pavilhão brasileiro ocupa um lugar privilegiado |
O Brasil com a "arte suja e de protesto" de Artur Barrio deixou uma impressão meio estranha. O trabalho dividido entre o passado do artista nos anos 70 e a instalação feita para a Bienal era incômodo. Juntando lixo, palavras nas paredes, barbantes e peixe no sal Barrio questiona a Bienal e a curadoria. É de se entender este discurso, especialmente pela falta de representação brasileira no evento. É sabido também que o MINC demorou pra repassar os recursos para a produção da instalação. Mas isso não impediu a colocação de um banner gigantesco com nome de muita gente querendo aparecer. Do ministro das relações exteriores ao produtor local, todos estavam ali: no banner. Ao vivo era o único pavilhão sem folders, informações e sequer um recepcionista pra maiores informações.
Acredito que com os 400 mil reais gastos no evento poderíamos ter tido um mínimo de estrutura. Gostem ou não da bienal ela é como se fosse uma embaixada cultural brasileira. Um grande espaço de difusão de nossa cultura. Como brasileiro não gostei da forma como nosso país foi representado. Mas o que esperar de um evento onde além de Barrio estava Neville D'Almeida com um documentário? Talvez o SFT não extraditar Battisti por considerá-lo um "escritor" polêmico e perseguido pelo governo "ditatorial" de Berlusconi.
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USA: Como é que isso conseguiu entrar em Veneza? |
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Venezuela: Apesar do Hugo Chavez o país sabe promover a sua cultura. |
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Russia: Protocolarmente estranha |
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Coréia: Fantasticamente criativa |
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Alemanha: uma igreja do medo de si mesmo. Ao som de Falstaff entrei e me arrepiei. |
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Dinamarca: Até Fausto Silva apareceu esculpido em madeira no pavilhão dos nórdicos |
França: uma máquina de imagens da vida
Brasil: Peixe no sal e os dizeres
"quando não houverem mais peixes no mar"
Brasil: Não dá pra não dizer que esta obra de arte é lixo.
Brasil: visão geral da obra suja de Barrio
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