quarta-feira, 8 de junho de 2011

BIENAL DE VENEZA - JARDINS

Pavilhão principal, brasileiros ficaram de fora.
Mas os pombos de Cattelan estavam em todos os lugares
Bem, aí estão algumas imagens do segundo dia da Bienal de Veneza. Ao que parece, pelo ânimo dos jornalistas  e pelo movimento das pessoas, o evento curado por Bice Curiger não agradou muito. A exposição ILUMINATIONS, que deixou de fora os artistas sulamericanos, foi considerada mediana. E a exposição italiana, um pouco inchada.  

Os pavilhões nacionais em sua maioria agradaram. Alguns foram protocolares como Espanha, Bélgica Russia. Outros, como Inglaterra, França, Israel e Estados Unidos esbanjaram dinheiro. Alemanha, Corea e Japão foram os mais criativos.

O pavilhão brasileiro ocupa um lugar privilegiado
O Brasil com a "arte suja e de protesto" de Artur Barrio deixou uma impressão meio estranha. O trabalho dividido entre o passado do artista nos anos 70 e a instalação feita para a Bienal era incômodo. Juntando lixo, palavras nas paredes, barbantes e peixe no sal Barrio questiona a Bienal e a curadoria. É de se entender este discurso, especialmente pela falta de representação brasileira no evento. É sabido também que o MINC demorou pra repassar os recursos para a produção da instalação. Mas isso não impediu a colocação de um banner gigantesco com nome de muita gente querendo aparecer. Do ministro das relações exteriores ao produtor local, todos estavam ali: no banner. Ao vivo era o único pavilhão sem folders, informações e sequer um recepcionista pra maiores informações. 

Acredito que com os 400 mil reais gastos no evento poderíamos ter tido um mínimo de estrutura. Gostem ou não da bienal ela é como se fosse uma embaixada cultural brasileira. Um grande espaço de difusão de nossa cultura. Como brasileiro não gostei da forma como nosso país foi representado. Mas o que esperar de um evento onde além de Barrio estava Neville D'Almeida com um documentário? Talvez o SFT não extraditar Battisti por considerá-lo um "escritor" polêmico e perseguido pelo governo "ditatorial" de Berlusconi.

USA: Como é que isso conseguiu entrar em Veneza?

Venezuela: Apesar do Hugo Chavez o país sabe
promover a sua cultura.

Russia: Protocolarmente estranha

Coréia: Fantasticamente criativa

Alemanha: uma igreja do medo de si mesmo.
Ao som de Falstaff entrei e me arrepiei.
 
Dinamarca:  Até Fausto Silva apareceu esculpido em
madeira no pavilhão dos nórdicos

 França: uma máquina de imagens da vida

Brasil: Peixe no sal e os dizeres
"quando não houverem mais peixes no mar"

 Brasil: Não dá pra não dizer que esta obra de arte é lixo.


Brasil: visão geral da obra suja de Barrio

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